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POR NOSSA CULPA

Na última segunda-feira o Congresso Nacional votou uma medida extrema para conter o avanço da criminalidade no Rio de Janeiro, mas isso é apenas um ponto entre tantos outros. Nosso Estado é a segunda maior economia do país e ao mesmo tempo um fracasso administrativo por conta de gestores inescrupulosos que se revezaram no poder com a conivência daqueles que mais precisam do governo: A classe operária.

Infelizmente, aqueles que mais precisam e mais trabalham são também os que menos recebem. Fazem parte da classe operária aqueles irmãos brasileiros que viajam de trem e metrô, usam o sistema público de saúde, seus filhos estudam nas escolas municipais e estaduais, ocupam a maior parte do subemprego ou são funcionários públicos com baixa remuneração (professores, policiais civis e militares, bombeiros, agentes públicos, agentes de saúde e tantos outros), habitam os subúrbios, as comunidades ou a periferia, ou seja, nós somos a classe operária.

Jesus nos deixou alguns poucos mandamentos e mesmo sendo tão poucos teimamos em desobedecê-lo. Em seu derradeiro encontro com os discípulos Ele disse: “É me dado todo poder no céu e na terra, portanto ide, fazei discípulos de todas as nações…” (Mateus 28.18,19). Mesmo com a assombrosa multiplicação de templos Evangélicos não temos feito discípulos. Temos feito amizades, temos reunido pessoas, temos construído templos e temos seduzido pessoas em busca de cura e riqueza, mas infelizmente não temos feito discípulos e sem discípulos o Reino não cresce e as trevas prevalecem.

Confesso que tenho pouca esperança que o Exército venha resolver em dez meses os problemas que foram se multiplicando por décadas, mas tenho certeza, que se a Igreja quiser e estiver disposta a pagar o preço da obediência ao imperativo bíblico, em menos de uma geração teremos não apenas uma Igreja transformada, mas um Estado verdadeiramente pacificado e liberto de todas as suas mazelas sociais.

A Bíblia ensina: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar” (II Crônicas 7.14-15). QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA!

Pastor Levy de Abreu Vargas