Multiplicar

Multiplicar Compaixão e Graça

“Ao ver as multidões, teve compaixão delas..” (Mt 9:36)

Na sua peregrinação pela terra, Jesus exalou compaixão e graça até a sua morte de cruz e ressurreição. Um Deus compassivo fez da sua vida, a verdadeira Vida para os que estivessem no seu caminho, não importando se judeu, grego ou romano, Ele aliviava suas dores e desfazia as obras de satanás.

Jesus ensina que ter compaixão é assimilar a dor alheia, a ponto de colocar-se no lugar do próximo, como o fez na cruz do calvário. Ter compaixão é intervir positivamente na vida do outro, minimizando ou livrando-o do incômodo da dor, da fome, da solidão, da profunda tristeza ou qualquer embaraço imposto pela vida. Exercer compaixão e graça não é um mero assistencialismo, embora tal prática não seja um fim em si mesmo. Se estimarmos, entre nós, ações de compaixão e graça, nos alinharemos aos sentimentos de Jesus, quando alimentou, curou, secou as lágrimas, devolveu o sorriso largo aos rostos sofridos e cheios de desalento, trazendo esperança.

Ações de compaixão e graça não devem trazer alívio à nossa consciência ou nos dar a sensação do dever cumprido. Algo mais eficaz está nas mãos da igreja de Jesus Cristo que deve ser oferecido ao mundo caído. A igreja tem o papel de abastecer o próximo do que vai libertá-lo do seu lastimável estado espiritual diante de Deus, pois Isaías afirma que aqueles que fazem para si veredas tortuosas, “não tem conhecimento da paz” (Is 59:8). Precisamos ser aqueles que promovam a paz; agentes que apontem ao homem o amor de Deus, mas também a rebeldia humana, a fim de que o homem “tenha paz com Deus.” (Rm 5:1)

Não precisamos nos equivocar como os discípulos no que tange ao propósito de Deus com os homens, como está relatado em Lucas 9.
A igreja primitiva “caia na graça do povo” não por que estava no meio do povo, vivendo com o povo, mas, porque Deus se manifestava no povo através da igreja. Que diferença maravilhosa a igreja fazia. Deus se revelava e esse reconhecimento era notório ao povo daquela cidade.

Nilópolis precisa ver em nós a mesma manifestação de Deus, através de práticas cheias de compaixão sincera e eficaz. No entanto, não há razão de ser se não demonstramos em nossos arraiais a mesma compaixão e graça no relacionamento com meu irmão; tornando relevante o fino trato, o perdão, a paciência, falando o que edifica o outro, caminhando mais uma milha, compreendendo sua limitação. Nossa demonstração de tolerância é nossa compaixão em exercício.
Não seremos lembrados por nossos maravilhosos cultos, ou eventos públicos, tampouco pela beleza do nosso templo, mas, quando exercermos a compaixão, e convergimos ações de compaixão e graça em favor das pessoas.

A maior expressão de compaixão e graça nos fora expressamente dada na cruz, por alguém que vendo o meu estado, doou-se por mim, tomou o meu lugar, fazendo-se pecado e maldição por mim, sabendo que eu não seria capaz de trazer salvação a mim mesmo.

José Carlos Dias de Freitas
Ministro de Evangelismo & Missões