“Porque Ele me amou” – AMO
O amor de Deus é o agente que viabiliza todas as relações, seja humana ou divina. Não há abordagem com tamanha eficácia capaz de restaurar relações interpessoais, independentes de sua afinidade e natureza, “porque o amor cobrirá uma multidão de pecados.” IPe 4:4b
“Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro”, IJo 4:19, é a divisa da nossa campanha de missões nacionais de 2020, e o que denota essa condição é o amor de Deus, que não começou em nós, mas nos alcançou e nos transformou.
O apóstolo Paulo ratifica a indisposição do coração humano de amar por si: “porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum.”, Rm 7:18. Amar como Cristo, é competência do Espírito Santo de Deus, e, demonstrado, explicitamente, na Sua obra redentora. Esse amor não traz passividade ou busca de benefícios pessoais, mas atitudes altruístas, que se presta a Amar, Multiplicar, Ofertar e Repartir com o próximo. Tal mandamento não deve ser ignorado, pois dele depende nosso conhecimento de Deus; nosso senso de pertencimento a Ele e a evidência de que nascemos Dele.
Ter a oportunidade de provar do amor de Deus, e conhecê-lo, é a essência para a vida de todo o ser humano.
É excelente oportunidade, em plena campanha de missões, meditarmos sobre as nossas motivações. Toda a ação de Deus se explica em seu amor, e não é motivada pela necessidade humana. Esse mesmo amor deve nos mover em direção às pessoas, não exclusivamente às suas carências.
Nossa essência e natureza, quando estamos em Cristo, é o amor. “Disso somos feitos.” Portanto, “Porque Ele me amou”, assim também o faço, e com atitudes de compaixão e graça, ao perdido. Faço isso no amor herdado de Cristo, que “..deu a sua vida por nós..” ensinando que “..nós devemos dar a vida pelos irmãos.” (IJo 3:16).
A igreja de Cristo foi tirada do pecado, mas não foi tirada do mundo, está aqui, para ensiná-lo a amar, através de seu próprio testemunho, buscando cessar a crise de amor que há na humanidade.
Quando nossas atitudes se assemelham a de Cristo, rompemos o maior desafio. Daí, atuaremos como Paulo, que na iminência de entrar em Jerusalém, embora o Espírito dissesse que ali o aguardavam “prisões e tribulações”, ele não reputou a importância de sua vida em detrimento ao amor pelos irmãos: “Mas em nada tenho minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” At. 20:24
Tudo isso, “Porque Ele me amou”, diria o apóstolo.
José Carlos Dias de Freitas
Ministro de Missões&Evangelismo