Missões

José Carlos Dias de Freitas

“Porque Ele me amou, eu oro.”

Jesus não fez da oração uma chave para a realização da sua vontade. Enquanto orava no Getsemani, afastou-se dos seus discípulos e, entristecendo-se, e cheio de angústia, prostrou-se com rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres.” Mt 26:36-38.

Sabedor do seu propósito na terra, O Cristo não colocou suas possibilidades como principais diante do Pai, tampouco sugeriu uma “saída pela direita” da cruz, mas convicto de que o plano de Deus para sua vida era soberano, submeteu-se.

Hoje, nossa inclinação à oração tende, muito mais, no sentido de solucionarmos e sermos aliviados dos problemas da vida – daquilo que nos traz ansiedade e desconforto. No entanto, ao orar, preciso fundamentar minha conversa com Deus, a partir do conhecimento que tenho sobre Ele e dos seus planos para mim.

A oração não é um tiro no escuro. Não é colocar diante de Deus possibilidades remotas, para que sejam rapidamente avaliadas por Ele, enquanto ansiosamente aguardo. Orar, no sentido de sermos transformados à “estatura de Cristo”, e pedir forças para cumprir o chamado missionário que todos recebemos, tornou-se quase que uma utopia no meio evangélico – algo distante e pouco necessário.

Na oração do Getsemani, o Mestre já sabia o que o aguardava. Sua oração traz o bálsamo de Deus e o fortalecimento de suas convicções de homem em pleno cumprimento da vontade do Pai.

Temos um mundo que “espera a manifestação dos filhos de Deus”, e esse mesmo mundo “geme com dores de parto.” Rm 8:19 e 22.
Na Sua oração, Jesus viu a mim e a você, como pessoas que precisavam da sua morte, para hoje termos a Vida Dele em nós.

Minha oração é que Deus nos conceda a ousadia de Cristo no Getsemani, que não se permitiu desviar do alvo, mas apenas obedecer, agindo a partir da compreensão do seu propósito de vida.

“Porque Ele me amou, eu oro”, para que minha oração se ajuste ao propósito de Deus para minha vida.

José Carlos Dias de Freitas
Ministro de Missões&Evangelismo

José Carlos Dias de Freitas

“Porque Ele me amou” – Multiplico Discípulos

Não é a força nem o poder, mas o amor que motiva o ser humano as mais nobres atitudes. Ele é capaz de empenhar sua vida em favor de um propósito, e romper as barreiras sociais, religiosas e culturais em si mesmo.

Multiplicar discípulos é um mandamento deixado por Cristo. Ele amou e ensinou com o objetivo de que fossemos, hoje, tão incisivos quanto Ele no cumprimento da vontade do Pai – “Ide, fazei discípulos..” Mt 28:19.

Jesus confiou aos seus amigos o mais profundo do seu coração. Ele chorou por seu amigo Lázaro, lamentou sobre Jerusalém, e os incitou que orassem com Ele no momento de sua angústia no Getsêmani.
Estar com alguém, ensinar-lhe as escrituras, não é exclusivamente multiplicar discípulos. Jesus imprimiu de forma indelével nos seus, o seu propósito de vida – “dar a sua vida pelos amigos”, IJo 3:16, pois “Não existe maior amor do que este: de alguém dar a própria vida por causa dos seus amigos.” Jo 15:13. Ele queria que seus discípulos andassem e amassem como Ele.
Paulo mostra que multiplicar discípulos é dedicar sua vida, abdicando do seu bem estar, da segurança de seus planos, para formar Cristo em outras pessoas.

Na iminência de entrar em Jerusalém, Paulo é avisado pelo Espírito, e ratificado por outros irmãos de que ali o “esperam prisões e tribulações.” O apóstolo estava “pronto não só a ser preso, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.” Atos 20:23 e 21:13b. O compromisso de Paulo na multiplicação de discípulos é constrangedor e inspirador, ao menos para mim. Ele trata essa multiplicação como uma ação urgente e imperiosa.

Nossa Junta de Missões Nacionais mantém, em todos os estados do Brasil, projetos missionários com o objetivo de multiplicar discípulos de Cristo em campos pioneiros, com ênfase nos povos não alcançados. Em 2019, os batistas brasileiros organizaram 13 novas igrejas em nosso país. Somos hoje 925 missionários batistas, onde 70% deles atuam entre os povos menos evangelizados. Em 2019, foram criados 73 novos projetos de plantação e revitalização de igrejas; e 1.170 batismos realizados por meio de Missões nacionais. Suas ofertas e orações têm promovido essa obra.

Portanto, “Porque Ele me amou”, multiplico discípulos, e promovo condições para que nossos missionários sejam instrumentos de Deus no crescimento e fortalecimento de igrejas espalhadas em nosso território. Façamos isso, Porque Ele nos amou.

José Carlos Dias de Freitas
Ministro de Missões & Evangelismo

José Carlos Dias de Freitas

“Porque Ele me amou” – AMO

O amor de Deus é o agente que viabiliza todas as relações, seja humana ou divina. Não há abordagem com tamanha eficácia capaz de restaurar relações interpessoais, independentes de sua afinidade e natureza, “porque o amor cobrirá uma multidão de pecados.” IPe 4:4b

“Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro”, IJo 4:19, é a divisa da nossa campanha de missões nacionais de 2020, e o que denota essa condição é o amor de Deus, que não começou em nós, mas nos alcançou e nos transformou.

O apóstolo Paulo ratifica a indisposição do coração humano de amar por si: “porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum.”, Rm 7:18. Amar como Cristo, é competência do Espírito Santo de Deus, e, demonstrado, explicitamente, na Sua obra redentora. Esse amor não traz passividade ou busca de benefícios pessoais, mas atitudes altruístas, que se presta a Amar, Multiplicar, Ofertar e Repartir com o próximo. Tal mandamento não deve ser ignorado, pois dele depende nosso conhecimento de Deus; nosso senso de pertencimento a Ele e a evidência de que nascemos Dele.
Ter a oportunidade de provar do amor de Deus, e conhecê-lo, é a essência para a vida de todo o ser humano.

É excelente oportunidade, em plena campanha de missões, meditarmos sobre as nossas motivações. Toda a ação de Deus se explica em seu amor, e não é motivada pela necessidade humana. Esse mesmo amor deve nos mover em direção às pessoas, não exclusivamente às suas carências.

Nossa essência e natureza, quando estamos em Cristo, é o amor. “Disso somos feitos.” Portanto, “Porque Ele me amou”, assim também o faço, e com atitudes de compaixão e graça, ao perdido. Faço isso no amor herdado de Cristo, que “..deu a sua vida por nós..” ensinando que “..nós devemos dar a vida pelos irmãos.” (IJo 3:16).

A igreja de Cristo foi tirada do pecado, mas não foi tirada do mundo, está aqui, para ensiná-lo a amar, através de seu próprio testemunho, buscando cessar a crise de amor que há na humanidade.

Quando nossas atitudes se assemelham a de Cristo, rompemos o maior desafio. Daí, atuaremos como Paulo, que na iminência de entrar em Jerusalém, embora o Espírito dissesse que ali o aguardavam “prisões e tribulações”, ele não reputou a importância de sua vida em detrimento ao amor pelos irmãos: “Mas em nada tenho minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” At. 20:24

Tudo isso, “Porque Ele me amou”, diria o apóstolo.

José Carlos Dias de Freitas
Ministro de Missões&Evangelismo

Minha semente de fé.

“Transforme o mundo com a alegria de Jesus”, ofertando.

Tão importante quanto a chegada é o caminho percorrido…”. Neste ínterim, entre a largada e a chegada, precisamos considerar o percurso, que vai definir o saldo, os frutos da nossa caminhada. Porque não basta chegar, precisa haver qualidade no caminho. Só posso esperar um destino diferente se mudo o meu rumo, o meu entendimento. Nesta senda não posso me deter em mim mesmo, buscando suprir-me, sem observar o contexto em que vivo.

Há um projeto desenvolvido pela Ação Social de nossa igreja chamado “Desapega”, que talvez devesse ter sido aplicado ao povo de Israel. Esse povo que peregrinou por 40 anos no deserto, cuja geração saiu do Egito e não entrou na terra prometida, foi uma geração que não se desapegava, que trazia a reboque o Egito em suas mentes: uma vida de murmuração, idolatria e constante insatisfação com Deus.

Transformar o mundo…” requer a minha transformação, e o entendimento da Palavra de Deus como premissa.
Há uma demanda que Deus confiou a nós; que não nos foi dada por pastores ou líderes: “…ide e fazei discípulos de todas as nações.” Ide – não é apenas nos determos ao anúncio do que cremos, mas sermos parte do que cremos. Não é apenas confiar na resposta de Deus, mas sermos essa resposta. Não é o nosso senso de responsabilidade ou tão somente nossa devoção ao Senhor que nos faz obedecê-lo. Antes de tudo, precisa haver o convencimento pelo seu Espírito de que é realmente a mim que Ele diz: “ide.” Esse imperativo foi dado à igreja, e não a um “punhado” de missionários. Essa ordem abarca os pilares necessários: a oração, o sustento missionário, a mobilização de pessoas e o compartilhar a Verdade.

Se compreender que estou em missão, aliado aos milhares de missionários no mundo, vejo que “O campo é mundo”. Portanto, estou em meu campo missionário.
Passo a crer que o coração e mente do Senhor estão sobrepostos aos meus, alinhando-me a Ele. É gerada em minhas entranhas uma grande insatisfação, não mais com minhas conquistas, bênçãos aguardadas, sonhos não realizados, ou minha enfermidade não curada, mas vivo fitando a lastimável condição espiritual de mais de 3 bilhões de pessoas perdidas, vivendo nos países da janela 10×40, e um Deus que me olha e pergunta: “Quem irá por nós…

Já não são mais os meus termos que prevalecem na caminhada. Minha atenção, agora, está nas placas indicativas, que antes eram ignoradas. Na minha caminhada, não atuo mais como o sacerdote ou o levita da parábola, mas passo à condição de samaritano, que abri mão do seu tempo; que usa o que tem, muda o percurso, para sarar as feridas de um abandonado desconhecido.

Transforme-se, e “transforme o mundo com a alegria de Jesus.

José Carlos Dias de Freitas
Ministro de Missões & Evangelismo

Missões Mundiais

“Transforme o mundo com a alegria de Jesus.”

A necessidade de sermos transformados apenas ratifica a experiência negativa sofrida pela humanidade na pós-formação – a deformação. Muitos ignoram para o que nasceram: homens e mulheres que vivam consoantes à glória de Deus.

Deus confiou à Igreja a missão de colaborar na transformação do mundo em seu entendimento errôneo de autossuficiência; e, no mesmo viés, devemos colocar sub judice, uma provável transformação do entendimento da igreja de Jesus sobre sua perspectiva de transformação e salvação do mundo.

Em meio ao contexto vivido pelo apóstolo Paulo, de prisão e perseguição, que agora se alastra, tornando-se uma realidade aos Filipenses, ele estimula a igreja que tenha “alegria” nas adversidades. Essa carta é conhecida como “a carta da alegria”, apesar da realidade paulina depor contra.

A transformação que o mundo necessita não está na solução de seus problemas, aparentemente insolúveis à humanidade, como a extinção da intolerância, mas na mudança do seu entendimento, Rm 12. Nosso papel é manifestar a mensagem do evangelho, em todo o tempo, a todas as pessoas, em todos os lugares, com a própria vida, cujo fito é a mudança do entendimento daqueles que: “..o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus..”, II Co 4:4. Com o profeta Jonas não é diferente: “Nínive tem mais de 120 mil seres humanos que não sabem nem discernir entre a mão direita e a esquerda, tampouco entre o bem e o mal…”. (Jn 4:11)

Os discípulos andaram com aquele que transformou e salvou muitos da observância da lei, e do entendimento errôneo da libertação da opressão de Roma aos judeus. Não devemos nos curvar em suprir o mundo daquilo que ele imagina precisar, mas, levar à humanidade o necessário à sua transformação, a mensagem que transforma vidas: “arrependei-vos.”

Com a mudança do entendimento, há mudança no comportamento. O mundo carece da “manifestação dos filhos de Deus”, pois “..toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” ( Rm 8:19, 22)

Enfim, “transformar o mundo com a alegria de Jesus” é impactar o mundo com a mesma disposição de Habacuque em alegrar-se no Senhor: “..ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira..”, Hc 3:17. Nossa alegria não deve estar firmada nas condições favoráveis da vida, mas deve ser perene.

Fomos transformados, não para nosso deleite, mas para fazermos como o apóstolo, que viu sua vida como suprimento à necessidade espiritual dos seus irmãos, Fp 1:24-25: “Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne…e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé..”

Ter a alegria de Jesus é vivermos satisfeitos, ainda que as mudanças não ocorram, pois em nós já houve a transformação do nosso entendimento.

José Carlos Dias de Freitas
Ministro de Missões & Evangelismo

A Graça Que Engaja

A graça que engaja

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos
os homens.” (Tito 2.11)
Ao refletirmos sobre a poderosa transformação do
evangelho em uma vida, é imprescindível o reconhecimento
de que somente a graça manifesta de Deus tem
a capacidade para mudar completamente corações.
Sendo assim, uma espiritualidade biblicamente genuína
enfatiza a obra graciosa de Cristo como central e
tem como objetivo máximo a glória de Deus em qualquer
atividade. De tal modo, a ação graciosa de Deus
será sempre exaltada diante da completa depravação
do ser humano, em sua incapacidade para salvar a si
mesmo. Afinal, qual seria a capacidade humana para
libertar vidas dos vícios nas grandes cidades, renovar
esperança em sofridos corações sertanejos ou inspirar
jovens à plantação de igrejas por meio de relacionamentos
discipuladores em longínquas comunidades ribeirinhas?
Certamente, nenhum esforço humano é tão
poderoso para engajar e mobilizar corações, quanto a
eterna gratidão daquele que reconhece a graça salvadora
de Deus, e assim anseia por dar toda a glória àquele
que o salvou. Por isso, que esta graça transformadora
conduza cada coração no anseio pela proclamação
da glória de Deus à nossa nação!

Alex UemuraPastor da IB Paulistana em São Paulo/SP

Jesus Transformação e Vida No Sertão

Jesus: transformação e vida no Sertão

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos
os homens.” Tito 2.11 (NVI)
Em 2015 tive o privilégio de participar da Trans Sertão
em Bom Jesus da Lapa. Fui acolhida pelo pastor Ralison,
missionário da JMN. Ao viajar pela estrada até à
base na qual fiquei 13 dias, vi o vermelho da seca, senti
o cheiro do pó da terra que grita por água e ouvi histórias
de um povo que precisa de vida.
Visitamos muitas casas aplicando o material de Relacionamento
Discipulador baseado no livro de João,
e com isso vivenciamos a expressão que carregávamos
na camiseta: Jesus Transforma. Em meio à seca e desesperança
presenciamos Jesus derramar vida sobre
os que o aceitaram como seu único e suficiente Salvador.
Um exemplo disso é o senhor José e sua família,
que ao conhecerem a Palavra anunciaram para mais 20
pessoas ao redor da sua casa.
A pergunta que fica é: Como ouvirão se não houver
quem pregue? (Rom 10.14). Este é o nosso chamado
primordial: fazer discípulos e ensiná-los (Mat 28.18,19)
para que sejam transformados pela Verdade da Palavra
e tenham vida abundante em Cristo.

Elaine Oliveira
Ministra de Educação Cristã da
Igreja Batista do Bacacheri (PR)

Meditacoes Missionarias

O discípulo como agente de transformação e vida

Ser cristão comprometido com a Grande Comissão é
ser agente de transformação, é ser discípulo que gera
discípulo. “Erguer os olhos e ver os campos brancos
para a colheita” (Cf. João 4.35) é ser sensível ao clamor
da nossa gente, da nossa terra, é prontificar-se em levar
a esperança que traz sentido à vida – JESUS É A ESPERANÇA.
O desafio, enquanto discípulos de Cristo, não
consiste em construções faraônicas de megatemplos e
impérios eclesiásticos, mas em que “(…) a graça de Deus
se manifestou salvadora a todos os homens”(Tito2.11).
Portanto, querido leitor, como pessoas já alcançadas
por esta graça, somos discípulos. Logo, somos agentes
de transformação comissionados para compartilhar
vida na vida.
O evangelho de Cristo, ou o cristianismo em si, não
pode ser visto como uma filosofia, religião ou um compêndio
teológico. Não pelo discípulo dele. O discípulo
de Cristo, enquanto agente de transformação e vida, vê
o cristianismo como estilo de vida, como projeto de autoria
divina para restaurar o que o pecado danificou – O
HOMEM.

Walmir Andrade
Pastor da 2ª IB em Palmas (TO)