INIMIGOS DO CORAÇÃO- CIÚME
O ciúme, sentimento arraigado na insegurança e no medo da perda, é um mal que corrói por dentro. A raiz do ciúme está frequentemente ligada à baixa autoestima e à necessidade de controle. Quando não nos sentimos seguros em nós mesmos, tendemos a temer a perda do afeto de outras pessoas. Ele é apresentado como um veneno que, se não tratado, pode contaminar nossos relacionamentos e nos afastar da paz que Cristo nos oferece.
A distinção entre ciúme e inveja, embora sutil, é importante. Enquanto a inveja se concentra no desejo pelo que o outro possui, o ciúme, muitas vezes, se manifesta em um relacionamento, envolvendo um medo de perder algo ou alguém. Muitas vezes, ciúme e zelo são confundidos, mas são sentimentos distintos e com impactos diferentes em um relacionamento. O zelo é um sentimento positivo que demonstra cuidado, atenção e preocupação com o bem-estar de alguém ou algo.
O objetivo do zelo é preservar e fortalecer o vínculo, buscando o bem-estar mútuo. A Bíblia apresenta Deus como um Deus zeloso por seu povo. Esse zelo, no entanto, não se manifesta como um sentimento de possessividade ou insegurança, mas sim como um amor profundo e um desejo de proteger seu povo do mal. O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 13, descreve o amor como paciente, bondoso, não invejoso, não se vangloria, não se orgulha. O ciúme, portanto, é o oposto do amor. O amor verdadeiro expulsa o medo e a insegurança, que são as raízes do ciúme.
A Bíblia nos ensina a buscar a justiça, mas não a nossa própria, mas a de Deus. O perdão libera o coração da amargura e do ressentimento, que alimentam o ciúme. A confiança em Deus nos liberta da necessidade de controlar tudo e todos. A gratidão desvia o foco dos nossos desejos e nos ajuda a apreciar o que temos. A Bíblia nos ensina que a verdadeira segurança e valor não vêm de nossas conquistas ou do reconhecimento dos outros, mas sim da nossa identidade em Cristo.
Quando colocamos nossa confiança em Deus, nossa autoestima se fortalece e a necessidade de controlar ou manipular os outros diminui. 1 João 4:18: “No amor não há medo, pelo contrário, o perfeito amor elimina o medo, pois o medo implica castigo, e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor.”