MINHA RAZÃO DE VIVER – MULTIPLICAR
Olá, queridos(as)! Qual a sua razão de viver? Essa é uma pergunta com vertentes diferentes, cujas respostas nos levarão a um só propósito – a glória de Deus.
Receber de Deus uma razão pela qual viver não se limita a novos parâmetros ou princípios de vida. Não se trata exclusivamente do estabelecimento de uma relação religiosa com Ele.
Paulo, o apóstolo, nos ensina que ter uma razão de viver é ter outra vida em detrimento à sua; é expandir o horizonte da sua visão em relação ao outro e à sua, buscando alcançar o Brasil, o mundo, derrubando as barreiras geográficas a fim de que o “poder de Deus” alcance a humanidade.
Ter uma razão de viver é restabelecer nosso entendimento de uma vida em Deus, de caráter irrevogável; uma vida impressa e sobreposta à minha própria vida. É a negação do EU em prol da vida do Filho de Deus em mim.
O contexto em que o apóstolo pronuncia a divisa da nossa campanha: “Vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim..” (Gl 2:20), nasce como um grito de “independência e morte”. A igreja na Galácia vivia a iminência de restabelecer o padrão judaico confiado em sacrifícios humanos, contrário à graça de Deus e ao perdão de pecados, que estão em Jesus. Era a negação do sacrifício do Cristo, a declaração de que sua morte foi em vão.
Esse é um grande desafio da Igreja de Jesus Cristo na atualidade para que nós, cristãos, multipliquemos. Compreendemos bem a ordem de Jesus quando ele diz: “Ide, façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”? O “ide” não é um fim em si mesmo, tampouco batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo o é; mas “façam discípulos” denota multiplicação. Há nesse mandamento um caráter de proximidade e de envolvimento constantes; há relacionamento, há “vida na vida”. E talvez seja o que nos assuste – multiplicar, pois, para eu multiplicar, é necessário que eu seja fértil. Ser fecundo começa na mudança do meu entendimento ao de Deus, levando “cativo todo pensamento à obediência de Cristo..”; é ser transformado pela renovação da minha mente, assim como aconteceu com o apóstolo Paulo; é perceber que meus ideais de vida, meus princípios e minhas prioridades estão condicionados, compromissados e conformados ao mesmo estilo de vida que Jesus tinha. Jesus viveu não a própria vida, mas a de Deus. Sua vida apontava para o plano de Deus com a humanidade.
Na medida em que torno Deus e seus propósitos a minha razão de viver, passo a ter a profunda percepção do que é essencial para a locomoção da minha fé, então:
• Compreendo e não me conformo à terrível condição espiritual em que a humanidade se encontra, pois “o mundo geme com dores de parto..”, pela razão de que o “deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo.”
• Também, quando a minha razão de viver é entronizada pela vida do Cristo em mim, compreendo e assumo meu papel diante do mundo como “sal e luz” que sou a fim de ser instrumento de Deus para tirar muitos da cegueira espiritual em que se encontram.
Começamos hoje mais uma campanha missionária, que não tem um fim em si mesma.
Oremos ao Senhor, para que sua vida nos traga a verdadeira vida a todos que estão próximos a nós, contribuindo e orando pela obra missionária ao longo do nosso Brasil.
José Carlos Dias de Freitas – Ministro de Evangelismo & Missões