TODOS SEREMOS ABENÇOADOS
Período sabático
Na próxima terça feira, 06 de Agosto de 2024, iniciaremos uma peregrinação que deve durar cerca de quatro meses. É o que se costuma chamar de período sabático, um intervalo estendido de tempo dedicado a descansar, aprender e crescer pessoal e profissionalmente. Mais do que uma simples pausa, é uma oportunidade de se reconectar consigo mesmo, perseguir paixões adormecidas e revitalizar a mente.
O ano sabático era o ano de repouso para a terra e para os trabalhadores, uma pausa para se dedicarem à família e ao Senhor. O termo tem origem no Velho Testamento, mais precisamente no livro de Levítico (25.1-7), quando Moisés dava orientações sobre o uso da terra. Assim como o Senhor descansou no sétimo dia, também a terra deveria descansar por um ano, a cada seis anos. Nesse tempo o agricultor não deveria lavrar, nem semear, nem podar sua lavoura, mas deixá-la entregue a si mesma. O que produzisse deveria ser colhido para alimentar a família, os empregados e os estrangeiros que estivessem entre eles.
Algumas importantes Universidades do mundo, tomaram emprestado esse termo bíblico e o praticam com seus professores e pesquisadores. Um exemplo recente foi USP (Universidade de São Paulo) que divulgou em setembro do ano passado uma lista de seis professores beneficiados pelo programa. A mesma publicação informou que o projeto já abençoou 56 professores. Diz ainda que o principal objetivo da iniciativa é propiciar a docentes da Universidade a oportunidade de contar com um ambiente interdisciplinar e período adequados à realização de pesquisa individual de forma exclusiva durante um ano ou seis meses. Para ser inscrito no programa, o docente dever ter exercido no mínimo sete anos de trabalho no regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP). Mais informações no site da Instituição: www.iea.usp.br/noticias/programa-ano-sabatico-2024.
Nas Igreja Batistas do Brasil essa prática não é comum, pois com o nosso sistema de governo, nem sempre temos recursos e a cultura necessária para permitir que os Pastores possam desfrutar dessa benesse em benefício dela mesma. Nosso caso é primeiro na história da PIBN, mas eu oro para que não seja o último. Eu sei que graças a um programa como esse, enquanto servia ao Exército Brasileiro, pude cursar dois semestres no Seminário do Sul, tempo suficiente para que eu definisse o que de fato o Senhor queria de minha vida.
Eu agradeço a Deus, aos diáconos, à liderança e à Igreja por nos permitir esse tempo. Sei que todos seremos abençoados por ele.
Pastor Levy de Abreu Vargas