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O RISCO DAS PAIXÕES

No último sábado, 01 de outubro a Indonésia foi palco de uma grande tragédia envolvendo dois clubes de futebol. Segundo a imprensa local, a confusão começou porque os torcedores do Arema Futebol Clube invadiram o gramado do estádio revoltados com a derrota do seu time por 3×2 para o rival Persebaya Surabaya.

Pelo menos trinta e duas crianças morreram entre as cento e vinte e cinco vítimas fatais. Foi uma das maiores catástrofes na história do futebol motivada pela paixão inconsequente de alguns torcedores. Outras tragédias semelhantes aconteceram na Bélgica no estádio do Heysel (Liverpool e Juventus) em maio de 1985 e na Inglaterra no estádio do Hillsborough (Liverpool e Nottingham Forest) em abril de 1989, deixando noventa e sete mortos e mais de setecentos feridos. Dizem que a paixão é cega e é verdade!

Dias antes das eleições no primeiro turno, o que vimos nas redes sociais do Brasil foi preocupante: Ironias, desrespeito, troca de ofensas, ameaças e até agressões verbais por causa de preferencias partidárias. Como participo de muitos grupos, para não me comprometer e perder as poucas amizades que ainda tenho, preferi me calar e observar a ingenuidade das discussões.

Agora que estamos a caminho do segundo turno, gostaria de fazer um apelo à Igreja, para não cairmos no laço do inimigo e faltarmos com respeito aos nossos amigos que carinhosamente chamamos de irmãos: Ao vir ao Templo para adorar deixe sua preferência política em casa. Aqui é lugar de comunhão e adoração, nunca de provocação. Os partidos e candidatos passam, mas as sequelas ficam. Me ouçam por favor!

Quanto a tragédia na indonésia, ela aconteceu porque o Arema perdeu para o adversário pela primeira vez em dez anos…Valeu a pena?

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

EM DEUS AINDA HÁ ESPERANÇA

No domingo 02 de outubro, após o culto da noite, voltei para casa ansioso para ver o resultado das urnas, e nesse propósito viramos parte da madrugada até que o Tribunal Superior Eleitoral definisse os resultados, e não houve surpresas. Desligamos a televisão e fomos para o leito tentar conciliar o sono no que ainda restava da noite.

Ao longo da segunda feira, enquanto os noticiários alardeavam os resultados, eu cheguei à triste conclusão que é uma verdade histórica: Os Santos não estão na vida pública, nunca estiveram e nunca vão estar.

Michele Obama, 46ª primeira-dama dos Estados Unidos, disse em sua autobiografia que ninguém governa para o povo. Eles governam primeiro para aqueles que os conduziram até o poder (grupos econômicos, partidos políticos, grupos religiosos e interesses pessoais), se nesse processo de agradar a tantos, sobrar algumas migalhas, então isso é repartido para o povo em forma de políticas públicas. E veja que ela estava falando da América, o país mais rico do mundo.

Na Política ninguém é santo. Os santos de verdade estão cuidando de suas famílias. Eles acordam cedo, dormem tarde, ganham pouco e moram longe. Vejam como o ramal Japeri desce lotado todas as manhãs! são homens e mulheres de todas as idades viajando em condições sub-humanas para chegar ao trabalho e no fim do mês receber um salário de insuficiente para suas necessidades.

Os santos que conhecemos estão tentando confortar a Igreja e pacificá-la para que não haja um “estouro na boiada”. Eles estão na comunidade, servindo a seus irmãos, dividindo o pão, levando ânimo, esperança e consolo num mundo tenebroso. Esses não sobem em palanques, não fazem promessas, não enriquecem, não oprimem, nem abandonam a missão. O bem do próximo é a sua missão.

Teremos até o dia 30 de outubro para decidir, o que já está decidido: Esquerda ou direita, o que está em jogo é o poder. Oremos por nosso grande País, pois em Deus ainda há esperança.

Pastor Levy de Abreu Vargas