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Primeira Igreja Batista em Nilópolis

OS INIMIGOS DO CORAÇÃO: GANÂNCIA

A ganância, segundo 1 Timóteo 6:10, é descrita como o amor ao dinheiro, identificado como raiz de todos os males. A Bíblia nos alerta repetidamente sobre o perigo dessa busca
desenfreada por riquezas, que pode desviar a fé e causar profundo sofrimento. Esse desejo
insaciável, não apenas por dinheiro, mas também por poder e reconhecimento, tem aprisionado a humanidade desde os tempos bíblicos, corrompendo a alma e obscurecendo
a visão espiritual.

A ganância vai além do simples desejo por bens materiais; ela é uma armadilha que nos cega para as necessidades dos outros e nos impede de experimentar a verdadeira felicidade que advém de um relacionamento autêntico com Deus. Jesus nos adverte sobre esse perigo em Lucas 12:15, ressaltando que a vida não consiste na abundância de posses, mas na profundidade de nossos relacionamentos.

A atração pela ganância se baseia na falsa crença de que as posses materiais trazem felicidade duradoura. No entanto, a experiência humana demonstra que essa satisfação é efêmera. A ganância é alimentada pelo medo de não ter o suficiente e pela constante comparação com os outros, o que, por sua vez, gera cobiça e um desejo incessante de acumular mais. Esse desejo insaciável traz consigo uma série de consequências negativas.

A busca incessante por mais riquezas isola o indivíduo, levando-o a negligenciar família e amizades. Além disso, a ganância gera uma ansiedade constante, pois a satisfação obtida é sempre temporária. Espiritualmente, ela obscurece a visão e desvia o foco dos valores eternos, causando rupturas em laços familiares e amizades. Contudo, a Bíblia também nos oferece um antídoto para a ganância: a graça de Deus. Através de Jesus Cristo, somos chamados a viver uma vida abundante, marcada pela gratidão e generosidade.

A gratidão nos ensina a reconhecer que tudo o que temos vem de Deus, permitindo-nos contentar com nossas posses. A generosidade, por sua vez, é um exercício espiritual que nos liberta do apego material, fortalecendo nosso amor a Deus e ao próximo. Confiar em Deus para prover nossas necessidades nos ajuda a superar a ansiedade e o medo, emoções que frequentemente motivam a ganância. Assim, podemos escolher entre viver escravizados pelo desejo de acumular ou experimentar a liberdade de um coração generoso e grato. A Bíblia nos convida a buscar as riquezas eternas do Reino de Deus, em vez de nos apegarmos aos bens materiais, ao poder e ao reconhecimento.

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AS APARÊNCIAS NÃO ENGANAM

Minha mãe dizia: “meu filho as aparências enganam”. Com o tempo eu percebi que seu conselho foi muito proveitoso em minhas relações na escola, na rua, no trabalho e principalmente no ministério. Graças à sua sabedoria me privei de algumas decepções e enganos com falsos colegas, falsos amigos e falsos irmãos. Por conta disso, criei em mim mesmo uma blindagem à prova dos excessos de elogios, favores imerecidos e cortesias que nada mais eram que um engodo para me manter cativo de interesses estranhos. Minha mãe foi uma mulher sábia mesmo sem ter lido um único livro em toda sua vida.

Só muito tempo depois foi que descobri que ela estava parcialmente certa, seu provérbio era verdade, mas não era toda a verdade. As aparências realmente enganam, mas cedo ou tarde a verdade se revela e quando isso acontece as máscaras caem, o mistério se desfaz e o impostor é desmascarado. Os Evangelhos revelam fatos que confirmam a teoria de que as aparências não enganam. Jesus mesmo disse que nada há encoberto que não acabe por ser revelado, tudo que é dito nas trevas à luz será ouvido e aquilo que é um segredo oculto, sobre os telhados será proclamado. Lucas 12.1-3.

Ele disse essas coisas acerca dos religiosos que gostavam de pregar, mas não de viver o que pregavam. Gostavam de ensinar, mas não de colocar em prática aquilo que ensinavam e assim tinha aparência de piedade, mas internamente eram impiedosos, intolerantes e hipócritas. O que se aplicava aos religiosos, se aplicava também aos políticos, empresários, comerciantes, policiais e todas as classes e pessoas de um modo geral. Mas sua mensagem tinha como foco principal aqueles que teimavam em achar que podiam enganar e ficar impunes.

No reino de Deus não basta parecer fiel, além de parecer fiel temos que ser fiéis. Também não basta ser fiel, tem que parecer fiel. Aquele que é fiel e não parece engana os outros e aquele que parece fiel e não é, engana-se a si mesmo.

No reino espiritual as aparências não enganam. No máximo se enganam aqueles que pensam que enganam. A hipocrisia de parecer e não ser pode funcionar por algum tempo, mas não todo o tempo. Se você duvida, veja por você mesmo qual é a recompensa daquele que vive de aparência, de suborno e de corrupção. Veja como é a vida daquele que vive mentindo, enganando, fraudando e fingindo o tempo todo.

Minha mãe tinha razão: “As aparências enganam”. Mas ela não tinha toda a razão porque afinal, depois de um tempo: “As aparências não conseguem enganar mais”. Portanto, se quer viver bem, ser aprovado pelos homens e por Deus, por favor, não viva de aparência, pois elas não enganam ninguém.

Pastor Levy de Abreu Vargas