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Primeira Igreja Batista em Nilópolis

FAMÍLIAS EM RISCO

A família sempre esteve em situação de vulnerabilidade, mas nas últimas décadas parece que a sociedade está perdendo o controle daquela que é a base de toda a civilização humana e os números são alarmantes.

O Jornal Valor Econômico informou semana passada, que mais da metade dos lares brasileiros (50,9%) são liderados por mulheres, não por escolha delas, mas pela renúncia da figura masculina que por razões diversas abdica de suas responsabilidades. A maior parte desse aumento (82,3%) se deve, principalmente, pelo salto no número de lares chefiados por mães solo, que têm filhos, mas não cônjuges. Os números também refletem mudanças econômicas e sociais No país. Isso significa que para cada dez famílias em solo brasileiro, cinco são lideradas apenas pela mãe ou avó, sem a figura masculina como referência. Esse número é exatamente o dobro do que havia em 1995.

São órfãos de pais vivos, crianças, adolescentes e jovens que sofrem pela separação dos pais, ou pela ausência da figura masculina para dar equilíbrio à relação familiar, gerando ansiedade, sentimentos de rejeição, crises existenciais e de identidade de gênero. O reflexo dessa “dor da alma” se revela em rebeldia, mutilações, abuso de drogas, busca precoce na satisfação sexual, evasão escolar e despreparo para a vida adulta. Quem paga o preço desse desequilíbrio quase sempre é a mulher que é a parte mais sensível da relação.

O custo social desse desequilíbrio fica caro para o governo e para as famílias. Entre 2000 e 2019, por volta de 444 mil pessoas entre 15 e 29 anos foram assassinadas com armas de fogo no Brasil, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS). A sociedade costuma enxergar o adolescente que pratica o ilícito como uma pessoa ruim, violenta, que nasceu para o crime. Mas, na verdade, esse adolescente já estava inserido em um contexto de violência antes do ato infracional, e essa violência afeta a vida dele completamente, disse Cibelle Bueno, gerente de projetos da ONG Visão Mundial e uma das autoras do relatório.

A família é a base e se ela for instável, o tecido social resultante dessas relações será fraco e a sociedade continuará pagando o preço até que a desordem seja generalizada com prejuízo para todos. Pensando em tudo que escrevemos acima, foi que separamos a próxima semana para tratar da família como prioridade em todos os nossos objetivos.

O preletor será o Pastor Moisés Francisco Barreto, da Assembleia de Deus em Nova Cidade. Ele tem sido um instrumento de Deus para falar sobre esse tema e você não pode ficar de fora.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Edgar Senna Rangel

Igreja ou hospital?

Nos últimos dois anos passei o dia dos pais no hospital com meus filhos. Não sei se eles combinaram, mas foi um revezamento perfeito, primeiro o mais velho e depois o mais novo. Apesar de perceber a importância do hospital para esses tipos de emergências e muitas outras, nunca passou pela minha cabeça fazer dele a minha segunda casa, e o motivo é simples: hospital é um local de passagem e não de acolhimento. Quando você é hospitalizado você não vê a hora de receber alta, e tudo bem quanto a isso, pois esse também é o objetivo da equipe, liberá-lo para que outros ocupem aquele leito.

Na igreja é diferente! Muitos já acostumaram a dizer que “a igreja é um hospital”, porém, se ela é um hospital, perde seu aspecto familiar de lar. Não estou dizendo que a igreja de Cristo não promove cura, pelo contrário, o próprio ambiente comunitário que é o corpo de Cristo proporciona milagres, mas diferente de um hospital que o paciente deseja ir embora após ser atendido, na igreja o visitante precisa querer voltar até se sentir parte dessa família.

A título de comparação, como você se sente na PIBN? Um paciente que aparece quando surge uma emergência e necessidade, ou você se sente parte da família, e por isso percebe uma vontade real de estar conosco?

Minha oração é que o Espírito Santo te convença que este lugar não é um hospital, mas um lar, onde você sente vontade de retornar.

Pr. Edgar Senna Rangel

Pastor Levy de Abreu Vargas

SEU MAIOR PATRIMÔNIO

Amanhã começa nossa segunda semana da segunda jornada de oração da Igreja, lembra? Cada ano uma jornada e cada jornada cinco semanas. Essas jornadas foram planejadas para acontecer por vinte anos e assim faríamos 100 jornadas para celebrar os 100 anos da Igreja em 2039. Já vencemos a primeira (2020) e agora estamos realizando a segunda. Cada participante está devidamente inscrito e serão parte de um grande memorial que vamos montar a cada cinco anos. Aguardem.

O preletor da próxima semana é alguém muito próximo, e ao mesmo tempo bem distante. Próximo na amizade, na comunhão e na intimidade, mas distante porque passa o maior tempo cumprindo agendas fora da Igreja e do Brasil. Ele é o Diretor da Missão Josué, uma organização missionária que leva voluntários por temporadas em diferentes lugares no Brasil e no mundo. Eu mesmo já participei de uma dessas “temporadas” no Chile e foi uma experiência incrível.

Pregando em tantos lugares, nosso Pastor Charles quase não é visto na Igreja, mas esse é o seu ministério e temos orgulho de tê-lo em nossos quadros de obreiros. Por conta da pandemia sua agenda Internacional ficou vaga, então aproveitamos a “brecha” e o convidamos para ser o próximo ministrante por uma semana. Como estamos em Maio não poderíamos encontrar alguém mais qualificado para falar às famílias.

Ele é casado com a irmã Fabrícia há 30 anos, o casal tem duas filhas: Raíssa e Rafaela. Raíssa é casada e serve como missionária da Missão em território Francês, Rafaela está cursando veterinária e deve casar em breve. O Casal trouxe para nossa Igreja os cursos do MMI (Marriage Ministries International), uma organização Cristã que tem como foco o fortalecimento da família. Ela é a responsável pelo treinamento do pessoal e a preparação do material didático dos Cursos Casados para Sempre, Pais para toda vida, Mulher Única, Homem ao Máximo e o Curso de Noivos. Pastor Charles é licenciado em quase todos esses cursos e já ministrou a casais na França, Chile, Dinamarca, México, Argentina, Uruguai, e claro em muitos lugares no Brasil, agora fará isso em sua própria Igreja.

Portanto, agende-se e participe: Segunda semana de oração de 2021 em sua Igreja e em seu lar todos os dias às 19.30h. O evento será também presencial para quem está fora do grupo de risco ou já está vacinado. Não perca essa oportunidade de investir em sua família, seu maior patrimônio.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

SENTIR TANTA SAUDADE

O ano de 2019 se encerrou com imagens da China anunciando o surgimento de um novo vírus, construindo hospitais e decretando o fechamento total do comércio e a circulação de pessoas em uma de suas províncias (Wuhan). “Será uma vergonha para você, para sua família e para o país desobedecer às autoridades neste momento grave”. Era o Coronavírus 19 anunciando sua chegada e mostrando para quê veio.

Viajando de avião no interior das pessoas a nova doença se espalhou rapidamente por todo o mundo. Coincidindo com a chegada do inverno no Hemisfério Norte ela fez milhares de vítimas em países que antes eram referência em qualidade de vida, especialmente da população idosa como França, Inglaterra, Alemanha e Itália que viram por imagem de televisão seus mortos sendo levados em caminhões do exército para fornos crematórios, sem ao menos poderem estar presentes para uma última prece. Em 11 de março de 2020 a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o mundo estava sob o impacto de uma pandemia chamada SARS-COV2. Àquela altura ele já estava em 114 Nações com cerca de 4.200 mortos. Mas a tragédia estava só começando.

Nossa Igreja fechou suas portas em 15 de março de 2020. Durante o culto daquela manhã o Pastor anunciou as medidas de exceção, mas informou: “Nossos cultos vão continuar em casa pelos aplicativos da Internet” e assim foi até o primeiro domingo de setembro quando reabrimos para os cultos presenciais pela manhã e noite. Mas a Igreja não parou. Pastores, diáconos, ministros e funcionários foram ainda mais exigidos, as instalações foram adequadas, os cuidados de higiene foram rigorosos, as transmissões ganharam mais equipamentos e novas equipes de mídia foram treinadas. A pedido da Prefeitura de Nilópolis, cedemos temporariamente o ginásio de esportes para o funcionamento do Centro de Triagem do Covid e assim ajudamos milhares de pessoas a tratarem preventivamente a doença.

O ano de 2020 se encerrou com um saldo de 85 milhões de casos e quase dois milhões de mortes no mundo. No Brasil a conta já passou de 190 mil mortos, mas na Igreja, graças a Deus e as prevenções esse número ainda é bem pequeno e esperamos que não aumente. Os cuidados e o afastamento continuarão.

O ano de 2021 está começando e com ele esperamos o retorno aos cultos presenciais, às programações infantis, os ensaios corais, a turma do GIDO e os gritos nos treinos esportivos em nosso ginásio polivalente. Nunca pensei que fosse sentir tanta saudade de todas essas coisas.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

FAMÍLIAS DIVIDIDAS

Tenho visto com muita preocupação o a intransigência dos poderes da República, se degladiando e tentando usurpar um ao outro as suas funções constitucionais. Confesso que ando sem paciência para assistir aos noticiários francamente tendenciosos, trazendo ao público o que há de pior na vida pública e consequentemente cultivando na sociedade uma revolta que pode ter consequências desastrosas.

A questão ideológica (direita e esquerda) está tão polarizada que tememos pela unidade da família. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos no dia de ação de graças de 2018 (O feriado mais importante depois do Natal) revelou que filhos que apoiaram a candidata democrata, não visitaram pais que apoiaram o candidato republicano e, se o fizeram, o tempo médio de permanência juntos diminuiu drasticamente.

A política não pode dividir as famílias. Ela deve estar acima disso e a grandeza está em respeitar as opiniões sem romper os vínculos. Partidos surgem e desaparecem. Políticos têm momentos de glória e desgraça. Governos vêm e vão, mas os laços de família devem ser mantidos, por mais traumáticos que possam parecer. A família nos trouxe até aqui e temos a responsabilidade de leva-la pelo menos até a próxima geração, mas a política não tem compromisso com a família, o único compromisso que ela tem é com o poder, e este é efêmero por natureza.

Sobre esta relação com o poder, o Apóstolo Paulo nos dá uma lição muito interessante: Disse ele: “Toda alma esteja sujeita à autoridade e não há autoridade que não seja permitida por Deus. Quem resiste a autoridade, resiste ao próprio Deus e trarão sobre si as consequências da sua desobediência (Romanos 13.1-7). Roma era tirana, Roma era opressora. Roma perseguiu e matou muitos Cristãos até o início do quarto século, mas Deus ordenou que toda alma estivesse sujeita às autoridades, e isso não foi revogado.

Parece contradição, mas não é. Jesus nos ensinou a amar os nossos inimigos, fazer bem aos que nos perseguem e orar pelos que nos maltratam, afim de que sejamos de fato filhos de Deus (Mateus 5.43-48), portanto, oremos por nossas autoridades, mas jamais deixemos que elas venham dividir as nossas famílias.

Pastor Levy de Abreu Vargas