COMO TODO PAI DEVERIA SER
Absalão Delfino Rosa, brasileiro, viúvo, 81 anos é um rosto comum. Ele chega quase todos os dias às 07h para participar do culto de oração, um hábito que cultiva há muitas décadas. Nesse culto, ele lê a palavra, ora, canta e muitas vezes tem que pregar, pois a frequência é sempre pequena, mas não desiste e diuturnamente cumpre o mesmo protocolo, exceto quando chove muito e o transporte fica irregular, pois se o tempo estiver bom ele vem caminhando.
Ele foi consagrado ao diaconato há muito tempo em uma Igreja batista, mas quando voltou para a PIBN não quis mais exercer a função, talvez pela idade, por razões familiares ou motivos pessoais, a verdade é que não aceitou fazer parte desse ministério, apesar do convite Pastoral. Mas isso não atrapalhou nem um pouco, pois sua vida é integra e uma inspiração silenciosa para quem o conhece.
O ministério de oração ao qual ele se dedica é aberto a todos, mas poucos têm interesse nele. Há dias que tem doze, quinze pessoas participando. Mas o comum é que oito, seis, quatro, duas, e até uma única pessoa esteja presente. Não importa a quantidade e sim a motivação que o faz deixar o conforto da sua casa para orar no Templo, se possível na companhia de irmãos.
Há pouco mais de dois anos, esse ministério teve um reforço com a chegada do Pastor Pedro Fernando e sua esposa Sheila, mas eles também não podem estar presentes todos os dias, e acaba sobrando para o nosso Absalão que humildemente cumpre o seu papel sem reclamar ou murmurar.
Recentemente uma irmã (que também frequenta esse culto) me chamou atenção dizendo que apesar da sua dedicação, a Igreja nunca tinha prestado um reconhecimento a ele, e era verdade. Pensei por alguns dias, confidenciei com os ministros em nossa reunião e o resultado é que de forma unânime eles resolveram homenagear o homem de oração no Dia dos Pais. Portanto hoje, nossa Igreja se curva em homenagem a ele que é pai e também homem de oração, como todo pai deveria ser.
Pastor Levy de Abreu Vargas