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PÓS PANDEMIA A cura da alma

Amanhã começa a nossa Terceira Jornada de Oração, terceiro ano de um propósito nos quais, cinco vezes por ano, estamos em oração pela Igreja e suas diferentes necessidades rumo ao futuro.

Nessa primeira semana vamos abordar um tema bastante delicado que são as nossas emoções, em especial aquelas ligadas aos traumas deixados por esse prolongado período de pandemia. Ela ainda não acabou, talvez tenhamos de conviver com essa realidade por mais algum tempo, mas as feridas que ela já provocou precisam ser tratadas antes que seja tarde demais.

À essa altura, podemos afirmar com segurança que mais da metade das pessoas que frequentam nossos cultos já experimentaram a dor de sofrer a doença, conviver com as sequelas que ela deixa e, ainda pior, perder pessoas próximas, pessoa queridas, pessoas amadas cuja falta ainda sentem todos os dias.

A dor precisa ser tratada, as perdas devem ser racionalizadas e o luto tem que ter prazo de validade, caso contrário, a sobrevida que ganhamos será um lamento nostálgico que ofuscará o brilho de tudo que conseguirmos. Não podemos continuar vivendo ou convivendo com esse fardo que atrasa a nossa caminhada. Foi pensando e orando por tudo isso que planejamos essa semana de oração.

Quem vai nos falar é o pastor Carlos Enrique Pimentel, bacharel em Teologia, licenciado em Filosofia e criador do curso para liderança Cristã. É um homem experiente, um líder natural que tem sido um instrumento para trazer consolo e esperança a muitas pessoas nos cursos que ministra. Tenho certeza de que será uma bênção para todos.

Aguardamos vocês para mais uma jornada vibrante de oração em 2022.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

O PIOR JÁ PASSOU, MAS OS CUIDADOS CONTINUAM.

No sábado 28 de março de 2020, o então Vereador Abraãozinho acompanhado do chefe de gabinete do Prefeito Farid, chegaram à minha casa com um pedido inesperado: usar ginásio de esportes da Igreja para montar um centro de triagem para o Covid 19. O pedido foi encaminhado à diretoria que no mesmo dia se reuniu e cedeu em caráter não oneroso o espaço. Era a nossa contribuição para frear a pandemia. À época o Brasil tinha apenas 3.904 casos e 114 mortes, segundo o ministério da Saúde.

Desde então, todos os dias as equipes de saúde da Prefeitura se revezavam no atendimento ao público. No início eram apenas alguns casos que cresceram rapidamente para algumas dezenas e houve dias que uma fila enorme se alongava pela Rua Zezinho. As semanas passavam rapidamente e o número de mortes se multiplicava. A vacina ainda estava na fase de testes e muita gente se contaminava mesmo seguindo as normas de distanciamento.

Em 23 de outubro 2020 tivemos uma perda irreparável. Nosso vice-presidente e amigo por mais de 26 anos faleceu no Hospital da Força Aérea depois de algumas semanas de tratamento. Pastor Adalberto Luz, que alegrava os idosos, que colocava apelido em todos, que tratava todas as coisas com seriedade, sucumbiu ao Vírus. Em 11 de dezembro 2020 foi a vez do nosso Prefeito. O homem que dedicou décadas de serviço à vida Pública era mais uma vítima. Farid, três vezes prefeito de Nilópolis, várias vezes deputado Estadual, partiu sem as honras devidas por causa da pandemia, mas a história lhe fará justiça.

Em 2021 o vírus sofreu mutações e continuou fazendo vítimas, mas as vacinas começaram a ser distribuídas e na mesma proporção que a vacinação avançava a mortalidade diminuía. Era o milagre da ciência. Nilópolis se destacou na Baixada pela rapidez como vacinou seus moradores. As filas no Centro de triagem foram diminuindo, diminuindo até acabarem e o Centro de Triagem perdeu seu sentido.

Hoje oficialmente a Prefeitura está devolvendo o nosso querido Ginásio, palco de tantas histórias, agora com mais uma para contar. Enquanto escrevo esse texto a mídia informa que a variante Ômicron chegou ao Brasil, mas não fará o mesmo estrago da cepa original, pois cerca de 63% do nosso povo já foi completamente vacinado.

Com certeza o PIOR JÁ PASSOU, mas os cuidados devem continuar e louvamos a Deus pela igreja ter sido instrumento de ajuda num momento de tanto sofrimento, perda e dor.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

“A PANDEMIA ACABOU”

Esse será o nosso último domingo em regime de pandemia. Foram quase seis meses de exceção sem a presença física dos irmãos no Templo, embora todos os dias estivéssemos presentes através de vídeos e outros recursos que a modernidade nos proporcionou, mas sabemos por experiência que nada supre a presença física.

Estamos com saudades, estamos carentes, estamos sedentos da comunhão tão própria da Igreja. O risco ainda existe, ele nunca deixou ou deixará de existir, mas se tivermos os cuidados necessários poderemos ter o melhor da vida Cristã que é a liberdade, a alegria, a paz e a certeza de dias melhores no futuro. Cremos que o pior já passou e nós sobrevivemos, portanto vamos celebrar, cantar e servir a esse Deus que tudo pode e tudo faz pelos seus filhos.

Pela manhã teremos o lançamento da campanha de Missões Nacionais com a presença garantida do Pastor Fernando Brandão. Ele é um homem vibrante e tem o coração focado na evangelização do Brasil. Graças a ele, sua equipe e as ofertas da Igreja, os Batistas Brasileiros estão presentes em todo território Nacional, inclusive nas comunidades e nas aldeias indígenas. Será uma oportunidade rara de ouvir um homem que tem sido uma ferramenta poderosa nas mãos de Deus.

À noite, voltam as nossas reuniões presenciais nos cultos vespertinos. Para essa reabertura estamos convocando principalmente os jovens, aqueles que têm menos de 40 anos, solteiros ou casados para que saiam do isolamento e venham encher de alegria o templo prestando ao Senhor um culto vivo e agradável.

Claro que a pandemia não acabou, mas ela não será mais impedimento para adorarmos e servirmos ao Deus vivo que amamos e servimos há muitas gerações.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

“HOME OFFICE, ABAIXO AS INSTITUIÇÕES”

O Home Office é uma expressão que ganhou força nestes tempos de isolamento social. Com o fechamento obrigatório das atividades consideradas não essenciais, escassez de transporte e os riscos iminentes de contaminação, um contingente enorme de pessoas passou a cumprir as suas tarefas de casa plugado a um servidor de internet.

Mas o que parecia ser uma oportunidade de conforto e autonomia, passou a ser um pesadelo para os profissionais que viram sua agenda e vida privadas devassadas pelas demandas de sua empresa e da família confinada em um espaço limitado. Reuniões, tarefas, prazos, cobranças e ameaças começaram a fazer parte de uma rotina que antes tinha hora de começar e terminar.

A Igreja também ganhou sua versão “Home Church”. Os cultos são online, a Escola Bíblica Discipuladora também. Os Ministérios se reinventaram e até celebrações de aniversário se fazem de “corpo ausente”. Até a celebração da Ceia do Senhor teve que ser remota, tudo à distância, tudo muito tecnológico e ruim, pois as ferramentas não funcionam 100%. O grande ganho de tudo isso foi ver idosos se superando e participando das reuniões do GIDO.

Mas os danos desse tempo só poderão ser mensurados depois que acabar a pandemia, se ela acabar. As empresas verão seus números crescerem ou diminuírem, mas perderão a vida nos refeitórios, os diálogos dos corredores e elevadores. As escolas já estão desertas, os pátios vazios e os professores dispersos. Os Templos vazios, as luzes apagadas, nenhum contato, nenhuma história, nada a comentar após os cultos…

Concluindo: Home deveria ser apenas lar, Office apenas escritório, Church apenas Igreja, e Class apenas classe, pois quando se juntam a outros nomes a coisa não fica legal. Afinal, Casa é casa, trabalho é trabalho, Templo é Templo e escola é escola. Não deixe que este “vírus chinês” acabe com essas instituições.

Pastor Levy de Abreu Vargas