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Pastor Levy de Abreu Vargas

505 ANOS DO CASTELO FORTE

Amanhã, 31 de outubro de 2022, o mundo celebra 505 anos da reforma protestante e o hino que consolidou esse processo foi composto por volta do ano 1521, portanto cinco séculos de uma canção que atravessou gerações e chegou ao século XXI com o mesmo apelo de fé e confiança naquele que tudo pode.

O hino “Castelo Forte” ou “fortaleza poderosa” em algumas versões, é a tradução do original “Ein feste Burg ist unser Gott” que foi comparado pelo poeta Christian Jonhan Heirich Heine (197-1856) ao Hino Nacional Francês “La Marseillaise”, com a diferença que Castelo forte é um clássico mundial, ao tempo que La Marseillaise é um hino Pátrio Nacional.

A qualidade musical de “Castelo Forte” sobreviveu e inspirou gênios como John Sebastian Bach (1685-1750) e Felix Mendelssohn (1809-1847) que usou o hino Castelo forte na Sinfonia nº 5, intitulada A Reforma, considerada por alguns como sua melhor obra. Outros músicos importantes como Giacomo Meyerbeer (1791-1864), Wagner (1813-1883) e Strauss (1864-1949) também se inspiraram neste hino em algumas composições.

A história conta que Martinho Lutero teve como fonte de inspiração o salmo 46 que inicia dizendo: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia, pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares”. Ele sabia que sua situação era muito crítica, sabia os riscos que estava correndo e mesmo assim levou sua causa adiante e ela chegou até nós.

Rubem Alves, em uma de suas reflexões, nos fala que a música tem o poder de envolver, comover e arrastar as pessoas para muitas causas, e Castelo Forte é um desses exemplos, na letra, na música e na imortalidade.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pr. Edvaldo Sousa

A MÚSICA E SUA IMPORTÂNCIA NA REFORMA PROTESTANTE

A música foi o veículo mais eficaz no processo de divulgação da Reforma Protestante. Martinho Lutero, o Reformador, teólogo que em sua época enfrentou o domínio da Igreja Romana, era também um homem de especial talento musical. Com as letras de seus cânticos, dos seus hinos, ele conseguiu alcançar, utilizando a música como mensageira, a um grande número de pessoas, muitas que não sabiam ler, divulgando assim os acontecimentos, os ideais da reforma e o Evangelho.

Hoje, as nossas igrejas evangélicas têm suas raízes nas mudanças históricas, teológicas, sociais e políticas vindas da época da Reforma Protestante. O cântico congregacional no culto foi uma das excelentes iniciativas de Lutero; pois, na época que Ele era Monge, o canto executado, ensinado, estudado, era o canto gregoriano/ cantochão, ou seja, uma música plana, que era privilégio do clero e do coro formado por homens que estudava este estilo, ou seja, uma forma de cantar.

Os cânticos surgidos na época da reforma tinham originalmente um impulso de propaganda e prontidão às provações deste movimento. Foram difundidos pelas ruas entre o povo, eram cantados em encontros de novos adeptos, em língua materna, o alemão. Esta foi à principal mídia dos protestantes. Com o passar do tempo esses cânticos eram aprendidos por um crescente número de pessoas, que os entoava também em seus lares, em encontros de oração e posteriormente em cultos nas igrejas.

E nós estamos atentos, pois em 31 de outubro de 2017 comemorou-se o quinto centenário da Reforma, ou seja, este ano de 2020 somam-se 503 anos da reforma. Na opinião de muitos estudiosos da Reforma Protestante, este foi o mais importante fato do Cristianismo na era DC!

Lutero é até hoje a grande inspiração testemunhal cristã, que a todos lembrou que a eficácia da mensagem do Evangelho está na compreensão e aceitação da Graça de Deus. AMÉM!!!

Pr. Edvaldo Sousa (M.M.)