SENTIR TANTA SAUDADE
O ano de 2019 se encerrou com imagens da China anunciando o surgimento de um novo vírus, construindo hospitais e decretando o fechamento total do comércio e a circulação de pessoas em uma de suas províncias (Wuhan). “Será uma vergonha para você, para sua família e para o país desobedecer às autoridades neste momento grave”. Era o Coronavírus 19 anunciando sua chegada e mostrando para quê veio.
Viajando de avião no interior das pessoas a nova doença se espalhou rapidamente por todo o mundo. Coincidindo com a chegada do inverno no Hemisfério Norte ela fez milhares de vítimas em países que antes eram referência em qualidade de vida, especialmente da população idosa como França, Inglaterra, Alemanha e Itália que viram por imagem de televisão seus mortos sendo levados em caminhões do exército para fornos crematórios, sem ao menos poderem estar presentes para uma última prece. Em 11 de março de 2020 a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o mundo estava sob o impacto de uma pandemia chamada SARS-COV2. Àquela altura ele já estava em 114 Nações com cerca de 4.200 mortos. Mas a tragédia estava só começando.
Nossa Igreja fechou suas portas em 15 de março de 2020. Durante o culto daquela manhã o Pastor anunciou as medidas de exceção, mas informou: “Nossos cultos vão continuar em casa pelos aplicativos da Internet” e assim foi até o primeiro domingo de setembro quando reabrimos para os cultos presenciais pela manhã e noite. Mas a Igreja não parou. Pastores, diáconos, ministros e funcionários foram ainda mais exigidos, as instalações foram adequadas, os cuidados de higiene foram rigorosos, as transmissões ganharam mais equipamentos e novas equipes de mídia foram treinadas. A pedido da Prefeitura de Nilópolis, cedemos temporariamente o ginásio de esportes para o funcionamento do Centro de Triagem do Covid e assim ajudamos milhares de pessoas a tratarem preventivamente a doença.
O ano de 2020 se encerrou com um saldo de 85 milhões de casos e quase dois milhões de mortes no mundo. No Brasil a conta já passou de 190 mil mortos, mas na Igreja, graças a Deus e as prevenções esse número ainda é bem pequeno e esperamos que não aumente. Os cuidados e o afastamento continuarão.
O ano de 2021 está começando e com ele esperamos o retorno aos cultos presenciais, às programações infantis, os ensaios corais, a turma do GIDO e os gritos nos treinos esportivos em nosso ginásio polivalente. Nunca pensei que fosse sentir tanta saudade de todas essas coisas.
Pastor Levy de Abreu Vargas